Dor...

Uma dor enorme, pesada que queima. Nenhuma palavra conseguirá transmitir o que uma mãe sente todos os dias ao deitar-se, sem saber o paradeiro do filho. Não sou mãe e graças a Deus nunca passei por nada idêntico, mas tento imaginar a dor dos familiares de quem passa por um pesadelo como este. Não saber o que aconteceu nesse dia, nos dias seguintes e em todos estes anos, penso que causa uma angústia e um desespero que ninguém conseguirá explicar sem passar por isso.

Desde que me lembro, que ouço do caso do Rui Pedro, e comovo-me sempre ao ver aquela mãe desesperada, desamparada mas SEMPRE com uma força em seguir o seu objectivo de encontrar o filho. 

E podia ter sido um de nós. Podia ter sido um filho de qualquer outra pessoa.

O Rui Pedro faz hoje 27 anos. E como ele, existem mais 60 crianças desaparecidas. Simplesmente crianças que os pais ainda mantêm a esperança de um dia as poder abraçar.



Roxy*

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